segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Síntese 2009/2

Iniciamos os trabalhos considerando as seguintes prerrogativas: o aluno da EJA possui uma especificidade cultural. O primeiro traço cultural relevante para esses jovens e adultos é a sua condição de excluídos da escola regular. A escola funciona com base em regras específicas e com uma linguagem particular que de alunos da rede regular de ensino, dificilmente encontramos uma proposta especificamente pensada para os alunos adultos, que já passaram por uma jornada extensiva de trabalho, que enfrentam problemas familiares, financeiros e muitas vezes de subemprego e moradia. O que a interdisciplina nos propõem é pensar estas realidade e buscar meios de qualificar a oferta desta modalidade de ensino.
A educação neste tempo de pós – modernidade vive os conflitos e as divergências que toda mudança impõe. Educadores conscientes desta situação buscam, incansavelmente, acompanhar o ritmo das mudanças, que estão ocorrendo em todas as esferas, sejam elas humanas, tecnológicas, ou cientificas. Fazer parte deste contexto enquanto educador demanda leitura, conhecimento, reflexão e convicção de que existe uma necessidade urgente de promover a educação de qualidade, erradicando entraves que há muito condicionam a prática, produzem repetência, fracasso e evasão escolar.
Estas mudanças tão necessárias só acontecerão a partir do momento em que o planejamento na macro e micro esfera da educação, realmente for organizado com o propósito de gerar resultados de sucesso em todos os níveis e modalidades da educação. Convivemos diariamente com uma complexa rede de comunicação, ela está presente na rua, na mídia, impressos, anúncios e tantos outros veículos de comunicação, não é possível que o educador de sala de aula, continue ignorando todas estas possibilidades e permaneça excluindo de sua prática o mundo letrado, querendo impor ao seu aluno uma aprendizagem de repetição e cópia geralmente desconexa de sua realidade, constituindo assim uma aprendizagem de pouco significado.
Compreendendo que o planejamento incide sobre a qualidade da prática, é preciso então considerar de que forma se esta organizando o planejamento. Por que planejamos, como e de que forma avaliamos a prática e seus resultados? Alguns pressupostos que podem orientar o planejamento, precisam ser considerados, como a criticidade, o desejo de se apropriar deste ou daquele conhecimento, a pesquisa, a investigação, a interdisciplinaridade, a avaliação diagnóstica, participativa, que não foca a aprendizagem do aluno, mas o processo em si e que determina novos rumos a seguir, onde todos alcancem sucesso.
O PEAD, por exemplo, é um constante desafiar-se, em termos tecnológicos, além da aprendizagem acumulada pelos educadores que estudamos, precisamos enquanto alunos compreender a tecnologia. Não acredito que os alunos do PEAD, tenham tombado diante das inovações, visto que os relatos são de euforia a cada semestre em que vencemos os objetivos propostos, é isto que penso para as redes municipais e estaduais, é preciso provocar os educadores do nosso tempo a se desafiarem e se lançarem em novas aprendizagens, pois a euforia do conhecimento é gratificante.

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