domingo, 12 de julho de 2009

Educação a Distância: EAD



Há algum tempo surgiu esta novidade que a princípio era uma incógnita, pois não se imaginava como funcionaria esta nova modalidade de ensino. Particularmente considero que como em todas as esferas existem problemas, dificuldades, avanços e a busca pela qualidade no ensino. Quando iniciei os estudos francamente imaginava que sendo à distância, o grau de dificuldade seria menor do que, em cursos presenciais. Mas agora depois de quatro semestres quero registrar a qualidade do ensino/aprendizagem que nos é ofertado. Nenhuma interdisciplina foi menos desafiadora. Todas exigem esforço, concentração, leitura, reflexão, posicionamento e produção de qualidade. O PEAD, oferecido pela UFRGS, tem por objetivo a qualidade no ensino, posso afirmar que tem alcançado o seu objetivo, visto a produção que tem resultado da nossa construção da aprendizagem. Uma forma de comprovar esta afirmação é consultando os nossos blogs: os portfólios, os PAs (projetos de aprendizagem), o dossiê, as páginas de wikis, com produção de slide e registros de diferentes atividades. O PEAD é uma realidade e uma possibilidade de qualidade, com profissionais preparados e abertos a novas experiências, que quando não conhecem algum instrumento, buscam o conhecimento e nos auxiliam a compreender os mesmos.

O portfólio e suas possibilidades


O portfólio como um registro de aprendizagens, que na verdade são conclusões, que vão surgindo a partir das leituras, dos debates, das reflexões e das produções escritas. Há algum tempo seria chamado de diário, mas não pode ser, pois nestes nossos tempos de atropelo não temos condições de fazer registros frequentes, mas em um esforço vamos atendendo a exigencia mínima.
Para dizer a verdade não tenho administrado meu portfólio como deveria, pois tenho plena consciência que poderia estar melhor organizado, com mais registros e até dicas interessantes, pois tenho conversado muito sobre este tipo de ferramenta para troca de conhecimentos e informações com as turmas do ensino médio, para ser bem honesta os alunos se mostraram muito interessados em construir um da turma. Mas nosso laboratório tem problemas quanto ao acesso e o número de alunos por turma é o triplo das máquinas disponíveis. Tudo a seu tempo.
Fiquei bastante impressionada com uma colega no Work shop, que já tem blog com os alunos do segundo ano (séries iniciais) e o quanto eles curtem fazer as postagens.
Neste semestre fiz muitas postagens que ao final eu mesma gostava do que estava escrito, pela qualidade da reflexão, busquei diversificar os temas, enfocando pelo menos uma vez cada disciplina do eixo, visto que é um portfólio é óbvio que precisamos considerar todos os focos abordados. Para concluir o semestre com sucesso devemos ter construído conhecimento em todas as áreas.
Quero estabelecer como meta a partir de agora o compromisso de no próximo semestre, utilizar mais este instrumento, que ao final facilita a elaboração do relatório de aprendizagens e que numa emergência acessa rapitamente um estudo que realizamos atenriormente.

sábado, 11 de julho de 2009

Racismo ou preconceito



Muito aprendemos neste semestre nas interdisciplinas, sobre preconceito, racismo e etnias. É a eterna luta entre uns e outros. Na work shop, a professora Ana Petersen, fez uma colocação importante quanto a forma verbal utilizada para definir preconceito, pois no meu slide eu mencionei o racismo ainda velado, mas muito presente e, em movimentos organizados por grupos. A professora sabiamente lembrou que o termo correto é preconceito, pois refere-se a todos aqueles que vivem marginalizados na sociedade, não somente esta ou aquela etnia, como aprendemos na interdisciplina étnico-racial, pois a raça é a humana, as diferenças são denominadas de etnias. Hoje eu assistia a um documentário muito interessante, intitulado: "A negação do Brasil", o que me fez lembrar da conversa no work shop, pois eu dizia para a professora Ana que no senso comum todos tratam o preconceito por racismo, e no documentário, um autor falava da democracia racial, sendo assim penso que num primeiro momento precisamos desconstruir o termo racismo para em seguida trabalhar o preconceito, na sua essencia contra os mútliplos grupos.

O outro, meu espelho



Na interdisciplina de Educação especial realizamos a leitura do texto Práticas educativas: perspectivas que se abrem para a educação especial de Anna Maria Lunardi Padilha , 2000. Confesso que fiquei bastante impressionada com o relato desta profissional que conta com paixão o estudo de caso que ela realizou com uma moça portadora de necessidades especiais. A partir da reflexão compreendi algo importante que é o efeito que a inclusão tem para quem é portador. Na página 13 a autora escreve uma conclusão que levarei como aprendizegem para sempre. A partir da qual conversarei com colegas alertando para a mudança de perspectiva, ao analisar um portador de necessidades especiais: "A alma tem expressão no corpo. O corpo
do deficiente mental, muitas vezes não consegue revelar ou expressar sua alma porque está caído, desarrumado, desarmônico, inexpressivo, doente; seus movimentos sem sentido não falam ao outro sobre sua alma. É preciso desenvolver a consciência de si para que seja possível expressá-la nos movimentos do corpo, ao mesmo tempo em que os movimentos do corpo ajudam a tomar consciência de si.
O corpo necessita do outro para lhe atribuir sentido e lhe dar forma."

Eu me transformo em espelho e também utilizo o outro como espeho, ao copiar suas modas e formas de agir, isto liberta alguém que sou ou gostaria de ser, assim o portador que ainda não tem consciencia de si, vai se construindo a partir da interação, o que não aconteceria recluso em qualquer lugar. O que mudou no meu conceito é o fato de que não devemos enquanto educadores exigir que o portador se iguale em desenvolvimento ao não portador, mas que este possa desenvolver o máximo as potencialidades que estão escondidas.