sábado, 26 de junho de 2010

É tempo de alegrar-se e comemorar...




Pedagogia da Incerteza 2

No momento vou interomper aqui, mas antes do final da prática, espero sinceramente escrever outro acróstico com as mesmas letras.
Estou aqui para escrever:
Esperançosa
Serena
Temerosa
Ávida
Gratificada
Impulsiva
Orgulhosa.
Encerro minhas postagens com a alegria de que fomos capazes eu e meus alunos de realizar algo diferente, novo, que resultou em aprendizagem e um QUERER, queremos fazer de novo.

Medos da docência 2...


Escrevi em forma de poesia porque na verdade gosto de brincar com as palavras. O estágio do PEAD, esta sendo um momento importante de reflexão, de inovação, angústias, mas também de alegrias com certeza.
Os medos são motivados pela opinião que terceiros podem ter de nossa prática, nos sentimos testados, observados e isto nos incomoda naturalmente. É necessário também considerar que precisamos assumir a tarefa de auxialir os alunos na busca do conhecimento e fazer isto com senso crítico, muito além da decoreba. Andei passeando pelo Relatório feito para UNESCO, em que DELORS faz algumas considerações importantes: "Os professores que dogmatismo, matam a curiosiade ou o espírito de seus alunos, em vez de os desenvolver, podem ser mais prejudiciais do que uteis."(2003,p.98) Nisto concordo plena e absolutamente e me causa extrema indignação quando vejo profissionais que não avançam no próprio desenvolvimento do senso crítico, apenas ecoam opiniões que escutam, porque não conseguem emitir e fazer se respeitar pela opinião própria, querendo impor uma educação calcada em principios que defendem, mas desconhecem, ou seja, fazem e exigem que outros façam desconhecendo os fundamentos.
Retomando os medos....
Concordo com Delors, mas preciso fazer com que os alunos simultaneamente aprendam a se expressar (sem ficar apenas copiando) e também consigam desenvolver uma série de habilidades. O que fazer? Delors para minha surpresa escreve algo que eu não esperava encontrar, ele diz: "Todos os especialitas concordam em que a memória deve ser treinada desde a infância, e que é errado suprimir da prática escolar certos exercícios tradicionais..." (2003, p. 92). Por muitos anos eu fui assombrada com a ideia de que o tradicional em toda a sua extenção é um pecado, no contexto geral concordo, mas realmente se nossos alunos não trabalharem questões que os façam repetir exercícios, penso agora que não transformaram em conhecimento.
Talvez tudo isto esteja pautado no medo da crítica da escola, da família, do colega do ano seguinte, do fracasso, enfim ainda discutiremos os medos da docência por mais algum tempo em outras oportunidades.
Referência:
DELORS, Jacques. Educação um tesouro a descobrir. - 8. ed. São Paulo : Cortez : Brasilia, DF : MEC : UNESCO, 2003.

Os medos da docência...

Você tem medo de quê?
"Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
A gente não quer só comida

A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não querSó dinheiro
A gente quer dinheiroE felicidade
A gente não querSó dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade..."
Comida
Titãs
Composição: Arnaldo Antunes
/ Marcelo Fromer / Sérgio Britto

Na Docência você tem medo de quê?
- do tempo?
- da crítica?
- do fracasso?
- da incompreensão?
- do colega do ano seguinte?
- da família?
- da verdade?
- de sair do comodismo?
A gente não quer só passar o tempo;
A gente não quer só ver as férias chegar;
A gente quer interação e compreensão;
A gente quer opinião;
A gente quer ver o aluno evoluir e decidir;
Pensar por si.
A gente tem sede de mudança;
de banir o fingimento e assumir a educação'.
Agora vale a verdade,
daqueles que creem que as crianças tem potencial
para ir elém da repetição.
A gente fome e sede de espaço para novas práticas.
rjfuhr.