segunda-feira, 29 de junho de 2009

Genéticamente adquirido

A genética influencia na formação da personalidade? Neste final de semana fiquei bastante concentrada no projeto do meu grupo, sobre genética. Foi bem interessante realizar as leituras sobre transtorno bipolar, depressão e suicídio. Comentando com uma colega minha que é formada em biologia, ela logo passou a explicar uma série de coisas que eu não sabia. Da nossa conversa fiz o seguinte registro, que mais tarde vou agregar no projeto.
As características genéticas contidas no DNA do individuo (genótipo) sofrem interferência do ambiente. A manifestação dos genes mais ambiente é conhecido por fenótipo que são as características expressas pelo indivíduo. Como o ambiente interfere? Há um universo de componentes que podem alterar o genótipo (mutações). Exemplo: como observado em alguns grupos, onde a exposição contínua a um agente estranho ao organismo (agrotóxico), gerou uma tendência suicída. Caso ainda em estudo, mas os indíces de suicídio na região estudada, estão altos.
Outro exemplo é o de gêmeos, univitelinos, nascem com a constituição gênica idêntica, mas se forem separados, foramarão sua personalidade conforme o lugar e o grupo no qual estiverem inseridos. A genética pode sim influenciar na formação da personalidade, mas a questão social tem boa parcela de contribuição. O projeto está em construção e novas aprendizagens serão incluidas.

Entre os muros, as paredes e os grupos da escola

A escola, palco de tantas vivências, de tantas alegrias e conflitos. Sejam eles entre alunos, entre professores, alunos e professores, direção e professores, pais e professores, enfim são muitos mesmo.
Para a avaliação final do semestre 20091, foi proposto que asistíssimos o filme Entre os muros da escola. A trama conta o dia a dia de uma turma de oitava série de uma escola da periferia de Paris. A postura dos alunos, a diversidade, os questionamentos, os conflitos que se desenvolvem, na verdade estão muito presentes no cotidiano dos educadores que convivem com esta faixa etária. O desânimo, a indignação dos professores, diante da contuta e da falta de interesse dos alunos, também é comum. O professor constantemente precisa justificar aos alunos a importância dos conteúdos, eu também na disciplina de História, além de auxiliar os alunos na compreesão dos conteúdos, preciso legitimar, explicando porque é importante dominar este ou aquele conhecimento. O educador é um ser humano que também tem limitações, isto fica evidente na expressão do professor, quando os alunos o tratavam com desrespeito. O cotidiano de Paris se repete nas escolas, entre as paredes da sala de aula, com educadores de todos os cantos do planeta, o que no final é positivo, pois neste tempo de tantas mudanças é preciso que se construa personalidades criticas e conscientes, o que é necessário que se modifique são os questionamentos, precisamos fazer com que os alunos encontrem significado na aprendizagem e a partir disto questionem posicionamentos, estruturas, aprendam a perceber situações, aprendam a se posicionar criticamente frente a vida e a sociedade. Só assim os relacionamentos entre os muros, as paredes e os diferentes grupos da escola, se modificará para melhor, qualificando o ensino, a sociedade e a vida.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ser ou não ser, eis o X da questão


Perguntas, perguntas e mais perguntas. Nossa formação no PEAD é campeã em trabalhar a pedagogia de perguntas, lembrando da organização dos projetos de apendizagem, que sufoco. É óbvio que existe um propósito, ou um princípio educativo, se pergunto, é porque tenho interesse em saber, sabendo, adquiro conhecimento, que pressupõe aprendizagem, sendo estas duas, tônicas do nosso cotidianos escolar.
Uma atividade proposta pela iterdisciplina de Filosofia nos remete novamente ao dilema, amplamente estudado e discutido na unidade 1 desta interdisciplina, mas agora o dilema é outro. Fomos desafiadas a elaborar duas questões para uma determinada colega de curso, sendo que o tema é um estudo comparativo entre a educação de Adorno e a pedagogia de Kant. Qual é então o dilema? Se eu como colega elaboro duas questões que complicam a vida de quem vai responder, onde está o meu coleguismo, de outro lado se minhas questões, não forem reflexivas, com significativo grau de aprendizagem e cunho científico, como fica minha situação enquanto aluna do curso. Parece banal, mas não é. Gera conflito, ansiedade, insegurança, dúvida, mas também prazer, quando comtemplamos o trabalho realizado. Seria o que a professora Ana chamaria de assimilacão, equilibracão e acomodacão.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Escola, espaço de conscientização

Oi Roseli, muito bonita e profunda essa tua reflexão! Ao final da postagem, falas que a leitura te possibilitou pensar na necessidade de mudança. Chegaste a pensar em alguma ação concreta? O que poderia ser feito na escola para minimizar situações de violência e indiferença para com a realidade? valeu Sibica (tutora do PEAD da UFRGS)

Atualmente trabalho com Ensino Médio, estamos realizando várias ações em nossa escola para diminuir a violência e a drogadição. Debates, conversas com jovens que são ex drogados, com os quais os nossos alunos se identificam pela jovialidade dos mesmos, estamos trabalhando o filme escritores da liberdade para que percebam diferentes possibilidades na vida. Particularmente trabalho muito em forma de bate papo, rodas de conversa onde os alunos tem espaço para manifestarem suas angústias, seus medos, ansiedades, pensamentos e dúvidas. Tenho consciência que são pequenas ações, mas que tem um objetivo maior. É muito bacana ver os jovens, falando de si e da realidade, pois se sentem parte de um processo quando são convidadas a se manifestarem de maneira livre.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Educação, medo e indiferença!?


Educação após Auschwitz, texto sugerido pela interdisciplina de Filosofia, sendo que o autor é Theodor W. A Adorno. Tudo que eu considerar nesta postagem, são reflexões sobre o que penso a respeito do tema, construído a partir da leitura.
Consideravelmente impressionada, com o texto, é assim que descrevo minha condição. Apesar do assunto tratar de algo que a princípio seria óbvio, visto que o autor diz: "... que Auschwitz não se repita... repeti-lo seria algo de desesperador." Não posso afirmar que no contexto da educação, esta idéia esteja tão difundida, não que ao meu ver os educadores estejam difundindo o contrário, não, mas a banalização das trajédias é que nos leva a perceber o quanto a indiferença está incutida no coletivo. Adorno descreve magnificamente a produçao do medo pela educação da dureza, onde o sujeito precisa aprender a reprimir o medo e o que mais tarde produzirá a indiferença.
Há algum tempo eu compreendi, uma frase que escutei, seguidamente, durante os primeiros cinco de anos de escola, na verdade levei uns, bons vinte anos para entender: "Cada um por si e Deus por todos." É a máxima da indiferença. Isto repetido por educadores, também eram o máximo, para nós alunos do campo, excluídos do mundo, esquecidos, apenas vivendo.
A comprovação da veracidade é a formação de diferentes agremiações, regidas pela violência, pelas drogas, pela marginalização. Neste sentido com a universalização da educação e o obrigadoriedade da escola dos sete aos catorze e mais rcentemente dos seis aos catorze, dizer que a maioria não frequentou os bancos escolares, seria negar arbitrariamente a parcela de culpa do quadro docente, nesta questão.
Talvez pudessemos chegar a seguinte conclusão, considerar, que foi a que me propuz nesta postagem, é fácil, difícil é mudar a realidade. Neste sentido gostaria de parabenizar a iniciativa dos educadores da interdisciplina, por disponibilizarem este material, pois a partir de agora serão quase oitenta educadores na nossa região trabalhando esta mudança e cada um deste é de novo um multiplicador.