quarta-feira, 10 de junho de 2009

Educação, medo e indiferença!?


Educação após Auschwitz, texto sugerido pela interdisciplina de Filosofia, sendo que o autor é Theodor W. A Adorno. Tudo que eu considerar nesta postagem, são reflexões sobre o que penso a respeito do tema, construído a partir da leitura.
Consideravelmente impressionada, com o texto, é assim que descrevo minha condição. Apesar do assunto tratar de algo que a princípio seria óbvio, visto que o autor diz: "... que Auschwitz não se repita... repeti-lo seria algo de desesperador." Não posso afirmar que no contexto da educação, esta idéia esteja tão difundida, não que ao meu ver os educadores estejam difundindo o contrário, não, mas a banalização das trajédias é que nos leva a perceber o quanto a indiferença está incutida no coletivo. Adorno descreve magnificamente a produçao do medo pela educação da dureza, onde o sujeito precisa aprender a reprimir o medo e o que mais tarde produzirá a indiferença.
Há algum tempo eu compreendi, uma frase que escutei, seguidamente, durante os primeiros cinco de anos de escola, na verdade levei uns, bons vinte anos para entender: "Cada um por si e Deus por todos." É a máxima da indiferença. Isto repetido por educadores, também eram o máximo, para nós alunos do campo, excluídos do mundo, esquecidos, apenas vivendo.
A comprovação da veracidade é a formação de diferentes agremiações, regidas pela violência, pelas drogas, pela marginalização. Neste sentido com a universalização da educação e o obrigadoriedade da escola dos sete aos catorze e mais rcentemente dos seis aos catorze, dizer que a maioria não frequentou os bancos escolares, seria negar arbitrariamente a parcela de culpa do quadro docente, nesta questão.
Talvez pudessemos chegar a seguinte conclusão, considerar, que foi a que me propuz nesta postagem, é fácil, difícil é mudar a realidade. Neste sentido gostaria de parabenizar a iniciativa dos educadores da interdisciplina, por disponibilizarem este material, pois a partir de agora serão quase oitenta educadores na nossa região trabalhando esta mudança e cada um deste é de novo um multiplicador.

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Roseli, muito bonita e profunda essa tua reflexão! Ao final da postagem, falas que a leitura te possibilitou pensar na necessidade de mudança. Chegaste a pensar em alguma ação concreta? O que poderia ser feito na escola para minimizar situações de violência e indiferença para com a realidade? Abração, Sibicca