domingo, 30 de maio de 2010

Há algum tempo respondi algumas perguntas sobre a unidade da Pró Infância - Escola de Educação Infantil que está em fase de conclusão. Segue o registro.











quinta-feira, 27 de maio de 2010

Educação em Nova Hartz.

Há alguns dias minha filha de dezesseis anos pediu que eu respondesse a uma entrevista sobre educação em Nova Hartz, para uma revista que estava elaborando, como atividade da disciplina de Lingua Portuguesa. O que conversamos eu trouxe para partilhar.
"Saber que devo respeito à autonomia e à identidade do educando exige de mim uma prática em tudo coerente com este saber." ( FREIRE, 2002, p.67)
Quando minha filha adolescente me pede para falar de Educação, duas situações conflitantes surgem: estou dialogando com um público jovem, crítico, indagador e é ótimo que assim seja, mas o assunto é o reflexo do meu trabalho de e todos os meus colegas. Sinto que não posso falhar com nenhum dos dois grupos, então vamos lá.
A Educação em Nova Hartz, tem os mesmos anseios, dificuldades e acertosda esfera global, podemos dizer que existem índices melhores, resultados, metodologias que alcançam índices de aprovação mais significativos em outros lugares, sim, porém no cerne das redes e das escolas, a problemática se repete ou"Escritores da Liberdade" (americano) e "Entre os Muros da Escola"( francês), dois filmes que falam sobre educação, não teriam tanto eco nas escolas brasileiras e em outros lugares.
A educação aqui e tantos outros acolás vive um momento de conflito sério para encontrar o equilíbrio entre a quantidade e a qualidade.
Entre a quantidade do que ensinamos e a qualidade do que os alunos aprendem. Eu gosto muito do Mestre Paulo Freire, talvez por sua simplicidades ou pela magia que cerca suas palavras. Ele fala algo que tenho buscado exercitar na minha prática: "Ensinar exige bom senso." Queridos alunos, colegas de minha filha ou outros que possam ler esta entrevista: aprender também exige bom senso de saber que a aprendizagem acontece sim, na interação entre alunos e professores, alunos e alunos, alunos e vida cotidiana, mas que precisamos ter bom senso quando estamos cuidando do nosso futuro e selecionar nossas posturas, inverter o que hoje é muito tempo pensando em outras coisas e pouco tempo ligado na aprendizagem. Para mim e meus colegas deixo Paulo Freire, como dica.
Bibliografia:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia - São Paulo : Paz e Terra, 2002.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Você sofre de normose?

As vezes penso que seja mais fácil administrar, medos e angústias quando nos agarramos a normose (patologia da normalidade, CREMA, 2009, p. 14). Discutimos tantas questões referentes a educação, referente a prática, ao financiamento, a falta de vagas na EI, problemas de ética relacionados aos profissionais da educação, políticas de distribuiçao dos recursos, enfim são muitas as interrogações e as soluções, nem sempre as mais satisfatórias. Participei esta semana do Seminário Estadual de Educação da FAMURS, enquanto ouvia os painelistas falarem, muitas reflexões perpassavam o meu pensamento. Confesso que para muitas não tenho ideia da solução, por exemplo como alcançar uma educação de qualidade? Como é possível se ao final de duas décadas que o Construtivismo varreu os cursos de Magistério, só ouvimos dizer, e comprovamos, pois atuei nas séries finais e Ensino Médio, que os alunos escrevem mal, não interpretam, só querem copiar respostas dos textos, não se propõe a organizar o próprio pensamento e formular uma resposta criativa e original. Os alunos chegam a quarta série ou quinto anos, quase sem saber ler e com sérias dificuldades na escrita. Então como implementar a aprendizagem de qualidade, onde o aluno queira efetivamente pesquisar, ler, interpretar, opinar, desenvolver suas habilidades?
Uma painelista comentou que no Brasil mais de 50% do tempo de sala de aula é ocupado com cópia de textos que no final da forma que são explorados não geram aprendizagem.
Há algum tempo usar livro didático em sala de aula era um crime, sinônimo de professora desleixada que não queria planejar, os livros estão lá na biblioteca da maioria das escolas sem que tenham sido tocados, mas o livro se utilizado de forma pensada é um ótimo instrumento de pesquisa e conhecimento. Eu sinceramente estou bastante confusa com os rumos da educação.
Referência:
CREMA, Roberto. Pedagogia Iniciática : uma escola de liderança - Petrópolis, RJ : Vozes, 2009.

domingo, 9 de maio de 2010

Revisitando Paulo Freire

O mestre imortalizado por suas palavras sempre tem algo a dizer: falando da diversidade de posturas do educador menciona: o autoritário, o licensioso, o competente, sério, o incompetente, irresponsável, o mal amado, o amoroso da vida das gentes, segue falando daquele que é frio, burocrático, racionalista e conclui o pensamento dizendo: "Nenhum desses passa pelos alunos sem deixar a sua marca". (2002, p.73). Depois de uma semana atribulada, cheia de imprevistos, PA por redirecionar, homengem as mães, você pensa: eu quero ser aquele que ama e cuida da vida das gentes que nos são confiadas, mas além disto, tenho que agir com seriedade respeitando a responsabilidade de avançar com as aprendizagens, não posso ser licensiosa, preciso aproveitar muito bem o tempo, afinal sou uma educadora responsável e competente, não posso ficar mal humorada, parecendo mal amada. De forma nenhuma consigo ser fria, mas algumas vezes me encontro muito brava e então, um aluno diz, profi.: você chega sorrindo, cumprimentando, até dá um abraço, sem que a gente esperar, mas as vezes nós a estressamos durante a manhã, não é? Aí ficamos desarmados, iniciamos a explicação daquele que quer cuidar da vida destas gentes pequenas: a profi. repreende porque quer que vocês avancem nos conhecimentos, esta é a minha função aqui, auxiliar, contribuir, o aluno: as vezes dar uma dura. Também respondi, mas é sempre no intuito de fazer o bem.
Então neste ir e vir da nossa prática, construímos nossa identidade como educador. Oxalá pudessemos compreender a essência com que Paulo ensinava e aprendia. Para que as lembranças que nosso alunos guardarão e as marcas que deixaremos sejam de aprendizagem significativa para o exercício pleno da cidadania, o que é fundamental para a transformação da nossa sociedade.

Referência:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia : Saberes necessários à prática educativa – São Paulo : Paz e Terra, 1996.

sábado, 1 de maio de 2010

Pedagogia da Incerteza

Parece Cecília Meireles: Ou isto ou aquilo...
Na Pedagogia da Incerteza (CARVALHO, NEVADO, MENEZES, p.51) estamos
mais para isto ou aquilo.
Bem na verdade HOJE, gostaria de escrever um acróstico sobre a palavra estágio. Já fiz alguns, certa vez um professor
disse me: você passou cinco anos nesta Universidade aprendendo,
agora vá e faça, mas também já fiz o estágio do Magistério onde a
cada passo era mais uma atadura de gesso,
E S T Á G I O
Estar,
Sensivel,
Tateando,
Ávido,
Gostando.
Infeliz,
Opção.
Tudo isto se mistura, ora estamos ávidos, gostando muito do que está acontecendo e ingenuamente pensando que apesar de estar tateando, encontrou respostas, mas percebemos que somos mais sensiveis do que parecemos e se, a opção que fizemos não foi a melhor, ora, nos tornamos infelizes a ponto de questionar anos de aprendizagem e toda a experiencia que já possuimos.
Talvez e repito somente talvez este seja o efeito da Pedagogia da Incerteza, se fosse da Certeza todos saberiamos onde e como este período vai se desenvolver.
Tenho realmente lido muitos artigos, juntando em uma caixa enorme alguns livros, que falam de planejamento, avaliação, inovação na prática. Li uma coisa muito legal: "Muitos são os fatores responsáveis pelo surgimento de um verdadeiro mestre, mas um é o mais importante: o aluno... Sendo assim o primeiro lugar que nos permite ser professores e que nos faz nascer como tal é justamente a escola." (ALMEIDA, p.96).
Apesar de cometermos erros, a alegria dos alunos participando é com certeza o fator avaliativo de nossa prática que nos torna seguros quando outros os apontam.
Aprendemos pelo erro e acreditamos nisto, pois professamos isto diariamente numa prática pós Piaget, a forma como trabalhamos este orientar o aluno quanto ao erro faz toda diferença, na vida daquele que é submetido a opinião dos outros.
Tenho um anseio profundo com relação a injustiça, mas sofro com a teimosia, então tenho me manifestado há muito tempo com relação a Pedagogia da Incerteza e o leque de interpretações de como direcioná-la pode dificultar a nossa vida enquanto docentes.
No momento vou interomper aqui, mas antes do final da prática, espero sinceramente escrever outro acróstico com as mesmas letras.
Referencias:

Aprendizagem em rede na educação a distância:estudos e recursos para a formação de professores / [orgnizado por ] Rosane Aragão de Nevado, Marie Jane Soares Carvalho e Crediné Silva Menezes - Porto Alegre : Ricardo Lenz, 2007.
Revista: NOVA escola. Ano XXV.número 231. Abril 2010.