segunda-feira, 17 de maio de 2010

Você sofre de normose?

As vezes penso que seja mais fácil administrar, medos e angústias quando nos agarramos a normose (patologia da normalidade, CREMA, 2009, p. 14). Discutimos tantas questões referentes a educação, referente a prática, ao financiamento, a falta de vagas na EI, problemas de ética relacionados aos profissionais da educação, políticas de distribuiçao dos recursos, enfim são muitas as interrogações e as soluções, nem sempre as mais satisfatórias. Participei esta semana do Seminário Estadual de Educação da FAMURS, enquanto ouvia os painelistas falarem, muitas reflexões perpassavam o meu pensamento. Confesso que para muitas não tenho ideia da solução, por exemplo como alcançar uma educação de qualidade? Como é possível se ao final de duas décadas que o Construtivismo varreu os cursos de Magistério, só ouvimos dizer, e comprovamos, pois atuei nas séries finais e Ensino Médio, que os alunos escrevem mal, não interpretam, só querem copiar respostas dos textos, não se propõe a organizar o próprio pensamento e formular uma resposta criativa e original. Os alunos chegam a quarta série ou quinto anos, quase sem saber ler e com sérias dificuldades na escrita. Então como implementar a aprendizagem de qualidade, onde o aluno queira efetivamente pesquisar, ler, interpretar, opinar, desenvolver suas habilidades?
Uma painelista comentou que no Brasil mais de 50% do tempo de sala de aula é ocupado com cópia de textos que no final da forma que são explorados não geram aprendizagem.
Há algum tempo usar livro didático em sala de aula era um crime, sinônimo de professora desleixada que não queria planejar, os livros estão lá na biblioteca da maioria das escolas sem que tenham sido tocados, mas o livro se utilizado de forma pensada é um ótimo instrumento de pesquisa e conhecimento. Eu sinceramente estou bastante confusa com os rumos da educação.
Referência:
CREMA, Roberto. Pedagogia Iniciática : uma escola de liderança - Petrópolis, RJ : Vozes, 2009.

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